Entrevista

 

Conhecer um pouco mais dos nossos missionários é um privilégio. Hoje temos a alegria de conhecer o Rev. Everaldo Ramos Porto, casado com Lucila, que tem sido uma guerreira de oração no ministério. Eles são pais de Jônatas, Ezequiel, Sara e Davi.

Atualmente ele atua no campo de União dos Palmares, AL e está filiado ao Presbitério de Alagoas.

Desde 2014 é missionário da JMN, depois de pastorear quatro igrejas diferentes.

 

Novos Rumos: Como foi sua experiência de conversão?

Everaldo: Eu tinha dezoito anos quando entendi e me rendi à graciosa obra salvadora de Deus. Fui à igreja atendendo a insistentes convites de minha irmã caçula Eni (em memória) e de irmãos da Igreja Presbiteriana em Irecê-BA.

Foi quando participei de um culto público de domingo à noite que numa pregação da Palavra entendi claramente a graça perdoadora e salvadora de Deus por meio de Jesus.

Não demorou para perceber, pelas escrituras e pela experiência, que ainda suportaria angústias e dores pelos pecados do mundo e pelos meus próprios pecados, muito embora perdoados por Cristo. A partir dali não perdia mais um culto, quer na igreja, quer nos lares. Fui perdendo a timidez (ainda luto contra ela) com a atenção e carinho dos irmãos. Li a bíblia toda em pouco tempo. Foram os dias mais importantes da minha vida. A Deus toda glória!

Novos Rumos: Como você entendeu seu chamado para o ministério?

Everaldo: Minha vocação inicial era para estudar a Palavra de Deus. Comecei o seminário como aluno ouvinte. O Rev. Mílton dos Reis Peyroton, a quem sou muito grato, fez essa carta para mim, me apresentando. Só tive minha matrícula efetivada no meio do curso, ocasião em que também tive minha situação regularizada perante o presbitério na época, Sul Paulistano. Com a graça de Deus conclui o curso em 1998. Entendo que meu chamado se deu e se fortaleceu no primeiro ano de seminário, ouvindo a Deus, aprendendo e sendo desafiado pelas exigências do curso e zelo dos meus saudosos professores.

 

 

Novos Rumos: Quais são as portas abertas para a pregação do evangelho neste tempo de Isolamento social?

Everaldo: São muitas e variadas. Além da atenção e oração em favor das famílias doentes e enlutadas, ampliamos nossos contatos on-line com pastores e mestres, trocando experiências de vida ministerial e acadêmica. Estamos conseguindo levar a Palavra a muitas pessoas que de outra maneira não poderíamos atingir, pois uma vez publicada uma mensagem na internet, perdemos o controle da mesma.

Novos Rumos: Que atividades estão realizando?

Everaldo: Neste tempo que nos vemos impedidos de ter contato pessoal, estamos aproveitando os meios tecnológicos que temos ao nosso alcance, como o telefone e as redes sociais. Estamos realizando lives nos dias e horários das nossas atividades regulares da semana e de domingo, com estudos bíblicos e pregações.

Minha esposa tem me acompanhado em todas essas atividades e me encorajado. Tenho aprendido muito com nossos abençoados pastores que já estavam na mídia. Continuam fazendo um excelente trabalho.

Novos Rumos: Alguma experiência que marcou sua vida e ministério neste momento diferente que estamos passando por causa da pandemia.

Everaldo: O que mais tem me marcado é o fato de saber que muitos dos nossos amigos e familiares estão ouvindo o evangelho através das mídias sociais. Sugiro que façamos uma lista de nomes para colocá-los diante de Deus em nossas orações. A salvação pertence ao Senhor, mas nós somos instrumentos em suas mãos para que ela se concretize na vida de muitos.

Novos Rumos: Que tipo de projeto espera desenvolver depois que toda esta situação acabar?

Everaldo: Um projeto já desenvolvido com muita satisfação pessoal e testemunho comunitário. Demos a ele o nome “Vivacidade e integração cristã”, no qual envolvemos igrejas e diversas instituições da cidade, alcançando pessoas simples e também autoridades. Trata-se de um projeto muito semelhante ao de um avanço missionário, só que mais abrangente e ocupando um período de tempo maior, com diversas atividades no esporte e outras áreas que demandam atenção do poder público e da igreja como agência de Deus para o bem comum e espiritual do povo.

 

Novos Rumos: Como as igrejas podem cooperar e apoiar esta obra?

Everaldo: As igrejas podem cooperar primeiramente orando pelo projeto e compartilhando nas mídias sociais. São também convidadas e desafiadas, formalmente, a doar recursos humanos e materiais.

Novos Rumos: Uma mensagem para as pessoas que querem se tornar missionários.

Everaldo: Os que se sentem vocacionados para o trabalho missionário tem que ter muita convicção do chamado divino, o qual se revela na experiência de comunhão com Deus e na aprovação da igreja de que é membro. O chamado só é fortalecido através de uma vida de oração e leitura devocional da Palavra de Deus. O preparo e experiência vem com tempo. A obra missionária precisa de servos consagrados a Deus e dedicados integralmente à missão.